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O texto fala do Reino, comparando-o com algo que seus ouvintes conheciam muito bem: a semeadura. Nele Jesus mostra a existência de quatro tipos de solos, que representam pessoas que ouviram ou ouvem a Palavra de Deus e que tiveram ou têm reações diferentes. Vejamos que tipo de solo somos:
· Aquele que ouve a Palavra do Reino e não entende ou não quer entendê-la (Mt 13.19). Essa pessoa é indiferente ou rejeita a mensagem do Reino (Mt 13.15). Jesus diz que os pássaros (Mt 13.5), que representam o maligno, arrebatam as sementes (Mt 13.19). Este inimigo do Reino tenta de todas as maneiras impedir que a Palavra penetre e brote nos corações dos ouvintes.
· O segundo tipo de solo é o pedregoso. Nesses solos sempre existe uma camada fina de terra trazida pelo vento ou pessoas, onde os grãos semeados brotam e começam a crescer. Mas está destinado a falhar, pois quando o sol aperta, a camada do solo seca, e as plantas, sem raiz profunda, queimam. Este terreno representa o coração que é atraído para os benefícios da mensagem do Reino e recebe-a com alegria, mas não conta o custo de seguir Jesus: negar a si mesmo e tomar sua cruz. Jesus ainda menciona especificamente o que causa surpresa e tropeço: aflição e perseguição por causa da Palavra (Mt 13.21b). Tais pessoas não esperam que o mundo os trate como foi tratado Jesus. Ficam chocados por sofrerem mal-entendidos, insultos, rejeição e danos físicos por causa da Palavra (João 15.20). Outra surpresa vem quando ouvem as exigências do evangelho.
· O terceiro tipo, os espinhos (Mt 13.22), descreve um terreno cheio de plantas espinhosas. Normalmente, esses espinheiros crescem mais rápido que a boa planta e sufocam-na. Eles impedem seu desenvolvimento normal e a tornam infrutífera. Essas pessoas recebem a Palavra com as melhores intenções, mas não lhe dão prioridade. Eles não permitem que a Palavra faça seu trabalho de transformação em sua vida. Jesus menciona especificamente duas coisas que impedem o desenvolvimento da palavra: as preocupações deste mundo (Mt 13.22b; Mt 6.25-34) e o engano das riquezas (Mt 13.22c). Distraídos e divididos em suas prioridades, eles não dão frutos.
· O quarto tipo, o bom solo (Mt 13.23), descreve o solo macio, profundo e limpo, que recebe a semente e permite que ela cresça e dê o fruto esperado. Mesmo assim, há diferentes graus de produção, de acordo com sua capacidade. A pessoa que ouve a Palavra e a entende (Mt 13.23) é a boa terra e produz o que o Senhor espera. A ênfase na parábola está na produção de frutas.
· Os três primeiros tipos de terreno, embora distintos, são basicamente de um mesmo: infrutíferos. O provérbio do Senhor se aplica aqui: Por seus frutos você deve conhecê-los (Mt 7.16). Na verdade, os frutos visíveis revelam a condição do coração, da mesma forma que a quantidade e a qualidade da colheita revelam a condição do solo. Jesus enfatiza a necessidade de ouvir e entender a Palavra, em contraste com os líderes religiosos, que ouviram mas não entenderam.